Os abortos espontâneos são muito comuns, considera-se que quase 50% das gestações terminem assim.
Os testes de gravidez revelam a primeira categoria de aborto espontâneo, a gravidez bioquímica, uma gravidez que termina muito cedo, antes de se conseguir ver numa ecografia.Pensa-se que estas situações ocorrem quando o feto morre imediatamente após a criação e antes de se implantar na parede uterina.
Sabe-se que a gravidez existe devido a valores positivos de beta hCG, mas este valor vai diminuindo com o passar dos dias.
Antigamente esta situação não era muito conhecida porque não existiam testes de gravidez disponíveis como existem agora, as mulheres esperavam pela ausência da menstruação e só passado algum tempo é que iam a uma consulta. Entretanto viria novamente a menstruação.
Depois de uma gravidez bioquímica a menstruação poderá ser mais abundante, com coágulos e dores mais fortes do que o normal.
Causas de gravidez bioquímica:
- Anomalias cromossómicas - o óvulo ou o espermatozoide têm algum cromossoma danificado, o corpo faz um processo de seleção natural;
- Doenças infeciosas - existem doenças tais como a rubéola e a clamídia, que afetam o desenvolvimento fetal;
- Situação materna - existem doenças que aumentam o risco, tais como o lúpus, a diabetes mellitus, o consumo excessivo de tabaco, álcool, drogas e a exposição a radiações e agentes químicos como o benzeno e o chumbo;
- Nível uterino - existência de miomas submucosos, sinéquias, existência de septos e a incompetência cérvico-ístmica;
- Hormonas - incapacidade de o ovário produzir progesterona em quantidade adequada para manter a gravidez na sua fase inicial, designada de insuficiência luteínica;
- Trombofilias - deficiência de antitrombina e das proteínas C e S, mutação de Leiden do factor V, síndrome dos anticorpos antifosfolípidos, etc;
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