sábado, 11 de maio de 2013

Ácido Fólico e Ferro

Ácido Fólico e Ferro

Ácido Fólico
O ácido fólico faz parte do complexo das vitaminas B e é também designado como vitamina B9, folato ou folacina. Desempenha uma função importantíssima na prevenção de deficiências graves, tais como a Espinha Bífida que afecta cerca de 1 em 1000 recém-nascidos.
Estudos recentes indicam que a ingestão diária de ácido fólico nas quantidades recomendadas, ajudam a diminuir em cerca de 50% os defeitos de nascença. Por outro lado, as mulheres que tomam quantidades inferiores às recomendáveis correm um maior risco de abortar. Deve ainda salientar-se o facto do ácido fólico ser uma das vitaminas que mais faz diminuir o risco de ataques cardíacos e tromboses.
A maior parte das pessoas não sabem que o nosso organismo necessita de ácido fólico para produzir células vermelhas e seratonina (componente químico do sistema nervoso), razão pela qual não ingerem este nutriente em quantidades suficientes. Esta vitamina ajuda a sintetizar o ADN, normaliza a função cerebral e é um componente essencial do fluído espinal.
A partir do momento em que decida engravidar é extremamente importante começar a tomar ácido fólico, sendo nesta fase a quantidade recomendada de 400 microgramas por dia. A partir da concepção e uma vez que os tubos neurais do feto se formam durante as primeiras quatro semanas de gestação é aconselhável aumentar a ingestão desta vitamina para 600 microgramas diárias chegando alguns médicos a recomendar até cerca de 800 microgramas diárias, como precaução.
As grávidas que já tenham tido filhos com deficiências a nível do tubo neural correm um maior risco de darem à luz um segundo filho com o mesmo problema, por isso os médicos sugerem que as mulheres nesta situação comecem a tomar 4 miligramas de ácido fólico por dia (cerca de 5 vezes mais do que o normalmente aconselhado) um mês antes de conceberem e durante os três primeiros meses de gravidez.
Pode porém acontecer que a ingestão excessiva de ácido fólico seja utilizada para camuflar uma deficiência em vitamina B12, mais comum nas mulheres vegetarianas. Nestes casos é muito importante transmitir ao médico o seguimento deste regime alimentar.
Mesmo seguindo as indicações médicas e tomando as quantidades recomendadas de vitamina B9, não fará mal nem à gestante nem ao bebé tomar suplementos vítaminicos ao mesmo tempo, acompanhados por uma alimentação rica neste nutriente, devendo no entanto aconselhar-se com o seu médico.
Para que possa ter uma alimentação rica em ácido fólico, aconselha-se a inclusão dos seguintes alimentos na sua dieta:
  • Fígado de galinha – ½ chávena = 539 microgramas A.F.
  • Fígado de vaca – ½ chávena = 184.5 microgramas A.F.
  • Lentilhas – ½ Chávena = 179 microgramas A.F.
  • Cereais ricos em vitamina B9 – ½ chávena = 146/179 microgramas A.F.
  • Espinafres – ½ chávena = 131 microgramas A.F.
  • Papaia – tamanho médio = 115 microgramas A.F.
  • Sumo de Laranja – 1 copo = 109 microgramas A.F.
  • Amendoins - ½ chávena = 106 microgramas A.F.
  • Gérmen de Trigo – 1 copo = 100 microgramas A.F.
  • Abacate – ½ chávena = 75 microgramas A.F.
  • Ervilhas frescas, bróculos – ½ chávena = 52 microgramas A.F.
  • Milho – ½ chávena = 38 microgramas A.F.
  • Ovo grande bem cozido - 1 = 22 microgramas A.F.

Ferro
Os médicos apontam como ideal o consumo de 30 a 60 miligramas de ferro por dia, principalmente durante o 2º e 3º trimestre de gravidez.
Com vista a acumular a maior quantidade possível de reservas do nutriente em causa, a mulher deve fazer as suas refeições diárias à base de:
  • Carnes vermelhas magras (lombo de vaca, por exemplo)
  • Farinha integral e de aveia
  • Frutos secos
  • Vegetais de folha verde escura (espinafres)
  • Salsa
  • Feijão
  • Gemas
  • Damasco
O sumo de laranja deverá, igualmente, fazer parte da sua dieta , uma vez que ajuda o organismo a absorver o ferro contido nos suplementos e alimentos atrás referidos.
Embora os benefícios dos suplementos de ferro para a mulher grávida, assim como para aquela que tenta engravidar, sejam indiscutíveis, os médicos alertam para a possibilidade destes comprimidos causarem obstipação.
Anemia
Uma alimentação pobre em ferro e ácido fólico traduz-se, regra geral, em casos de anemia mais ou menos grave.
Existem vários tipos de anemia, mas neste âmbito é conveniente salientar apenas a anemia megaloblástica decorrente de uma alimentação com carência de ácido fólico e a anemia ferropénica por deficiência de ferro. Ambas apresentam sintomas idênticos:
  • Língua dolorosa ao tacto com zonas inflamadas
  • Fadiga
  • Tonturas
  • Palidez
  • Dores de cabeça
  • Insónias
O tratamento, que costuma prolongar-se por seis meses no máximo, consiste na administração de comprimidos de ácido fólico e de ferro. Caso seja diagnosticada e tratada a causa subjacente à anemia, é pouco provável que esta volte a surgir. Por outro lado, uma alimentação equilibrada deverá ajudar a prevenir uma recorrência.
Fonte: www.pinkblue.com

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